12.9.10

Meu vício- R.L

A chuva que fortemente batia em minha janela.
Fazia-me calafrios.
Meio zonza com toda aquela situação, o vinho que havia em minha taça, estava quente, e sem graça.
A droga me consumia cada vez mais, um estorvo em minha vida.
Deitada em maços de cigarro, descabelada, embaraçada, perdida eu me encontrava.
E o relógio em meu quarto, o tic toc fazia, em uma simples sinfonia.
A luz em plena escuridão que existia, piscava descontrolavelmente...

Meus olhos ardiam, e logo lagrimejavam ,clamando pelo socorro dessa solidão.
Meu vício agora é o passar do tempo, já dizia a letra da música do Kid Abelha.
Eu queria ter entendido o que aconteceu entre nós.
Você tão presente e logo tão distante e perdido.
Sorrisos bobos de infância, agora entravam em minha mente.E o choro preso em minha garganta a deixava mas seca e sem nada.
Minha voz já não exista.
Você já tinha ido..ido para um lugar melhor..
Queria tanto poder ter dito Eu te amo!Fica Comigo! Mesmo sendo o meu melhor amigo!
 E saber o que realmente aconteceria entre nós.
O vício agora é o presente que eu vivo, o vicio que o seu amor se tornou para mim.

Rebecca Lorena

7.9.10

Inania Verba - Olavo Bilac













Oh! quem há de exprimir, alma impotente e escrava,
O que a boca não diz, o que a mão não escreve? 
Ardes, sangras, pregada à tua cruz, e, em breve,
Olhas, desfeito em lodo, o que te deslumbrava...
O Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava;
Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve...
E a Palavra pesada abafa a Idéia leve,
Que, perfume e clarão, refulgia e voava.

Quem o molde achará para a expressão de tudo?
Ai! quem há de dizer as ânsias infinitas
Do sonho? e o céu que foge à mão que se levanta?

E a ira muda? e o asco mudo? e o desespero mudo?
E as palavras de fé que nunca foram ditas?
E as confissões de amor que morrem na garganta?




3.9.10

Pequenice cotidiana


O peregrino busca a felicidade a todo momento, atravessando caminhos com espinhos, sempre mantendo a paz interior. Provando do mel e do veneno, satisfazendo seu ego, rompendo dogmas. O perigo tem um quê de tentação, o mundo dos sonhos difunde o mundo real, numa sintonia ao avesso.



Paulo Faccini.
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